Turbinados por vocais rasgados, linhas espertas de guitarra e frases que grudam na memória, os Strokes conseguem novidades a partir de um som inspirado no passado. Através de seus shows eles angariaram um poderoso boca-a-boca pelos Estados Unidos ao excursionar como atração de abertura de bandas como o Guided By Voices e os Doves. A adormecida cena roqueira de Nova York despertou e agradeceu. E a BMG venceu a disputa e contratou os meninos.
Quatro dos cinco músicos cresceram em Manhattan, o que faz deles uma banda nova-iorquina por excelência. Quando Albert Hammond Jr. se mudou de Los Angeles para Nova York, para estudar em uma faculdade de Cinema, os Strokes estavam completos. O baterista Fab, curiosamente, é brasileiro. Ele se mudou para a Grande Maçã com dois anos de idade.
Após gravar uma fita com três músicas, que em setembro de 2000 ganhou o nome The Modern Age, o lendário produtor Geoff Travis recebeu uma dica e logo concordou em lançar a demo no formato EP, em sua prestigiada gravadora independente, a Rough Trade Records. O disquinho chegou às lojas em janeiro de 2001. Em fevereiro os Strokes chegaram à Inglaterra, lotando todos os shows de sua primeira turnê pelo país e ganhando elogios de exigente imprensa musical britânica. "Sejamos francos: os Strokes são os filhos da mãe mais quentes do momento. Eles viajam no romance e na paixão do punk rock nova-iorquino, mostrando a poesia urbana com fúria em canções pop que misturam amor, ódio e luxúria, além da agonia cortante da incompreensão "(New Musical Express, 17 de fevereiro de 2001).
Descoberta nos EUA
Ao mesmo tempo, a imprensa norte-americana estava descobrindo a banda graças a uma série de shows no Mercury Lounge de Nova York, em dezembro de 2000. O quinteto recebeu elogios rasgados do New York Times, do Village Voice, do Paper e apareceu duas vezes na Rolling Stone. Nas páginas da mais importante revista de música dos Estados Unidos, David Fricke escreveu: "Os Strokes são a primeira grande emoção no rock de Manhattan este ano. Já os vi ao vivo e eles têm um disco inteiro de ótimo material em si" (27 de fevereiro de 2001).
Toda a expectativa criada pela imprensa - que não pode deixar de babar em uma banda influenciada por artistas como o Television, os Stoges e, principalmente, Lou Reed e o Velvet Underground - não foi em vão. Os Strokes não repetem os sons que os inspirarm, eles o refazem a sua imagem e semelhança. No disco, o grupo mostra algo como uma nova versão do punk rock americano dos anos 70, apenas infectado de maneira irreversível pelo pop.
As canções refletem sua empolgação com a vida, típica de jovens com vinte e poucos anos. O cantor e principal compositor (e guitarrista) Julian Casablancas e os resto da banda misturam uma autoconfiança inesgotável, associada a uma insegurança difícil de se esconder. Em Hard to Explain, a banda combina seu som de garagem com melodias grudentas, no que pode ser uma das melhores músicas do disco. Is this it? mostra toda a alegria que os Strokes têm como jovens, cheios de autoconfiança ao som de uma linha de baixo saltitante; Soma, Someday, e Take it or Leave It são os Strokes em seus momentos mais exuberantes. A banda é capaz de fazer a velha combinação guitarra-baixo-bateria parecer nova e cheia de energia.
Em tempo: a capa original do disco foi censurada nos Estados Unidos, mas a proibição não afeta a versão brasileira. E a canção New York City Cops acabou retirada do CD, na última hora, por conta dos ataques terroristas a NY.
O baterista dos Strokes, Fabrizio Moretti é carioca da gema e até outro dia passava todas suas férias no Rio de Janeiro, na casa da sua avó.
Os Strokes tiveram que cancelar 2 datas da turnê britânica quando Fabrizio fraturou a mão num show em Glasgow. Fora isso, a banda não teve maiores problemas em sua turnê. Mas certa vez, num show em Nova York, alguém na plateia tinha falado que a banda era uma merda, e Fabrizio e Nick desceram do palco pra tomar satisfação com o sujeito.
Na Inglaterra, já surgiu uma bizarra banda-tributo dos Strokes chamada Diff´rent Strokes. Eles lançaram um CD com versões instrumentais, de teclado, das canções Last Nite, Hard To Explain, The Modern Age e Is This It.
Albert Hammond Jr. toca uma Fender Stratocaster em homenagem ao já falecido Buddy Holly
Ao contrário de muitas bandas, ambos os guitarristas dos Strokes tocam tanto guitarra base como solo. Por exemplo, o solo de The Modern Age é tocado por Nick, já em Hard To Explain quem sola é Albert. Embora toquem guitarras diferentes (Nick usa uma Epiphone Riviera semi-acustica) o setup das guitarras é similar, usando os mesmos modelos de amplificadores e pedal de distorção.
J P Bowersock aparece creditado no encarte do CD como Guru?!! O grupo explicou essa história. Bowersock é o sujeito que ensinou a Albert e Julian a tocar guitarra. Além disso, deu dicas pra Nic e para Fabrizio Moretti na bateria.
0 vocalista Julian tambem tem um pé no Brasil. Ele é filho de John Casablancas, o fundador da Elite Models, casado com a ex-modelo brasileira Aline Vermelinger, 25, e dono de uma casa de praia em Buzios onde a família passa ferias de verao.
Há previsão de lançamento de novo disco em 2008, até lá a banda está tirando férias após uma longa e cansativa turnê.Enquanto isso,Albert Hammond Jr gravou um CD solo,chamando "Yours to Keep". Seguindo algumas indicações, o Rodrigo Amarante (da extinta LOS HERMANOS) estaria compondo o novo trabalho com a banda. Sinal que ela reconhece o valor da música brasileira
Notícias
Albert Hammond Jr., está finalizando seu segundo álbum solo. Em recente entrevista, Hammond contou que as gravações foram feitas em cinco semanas e agora as canções estão em processo de mixagem. A finalização está prevista para o mês de janeiro, mas ainda não há uma data definida para o lançamento do álbum.
O músico disse para o site Pitchfork que o álbum ainda não tem título definido, mas revelou o nome de algumas músicas novas: “Victory at Monterey”, “In My Room”, “Bathroom Time” e “Lisa”. O primeiro álbum
solo do guitarrista foi “Yours to Keep”.
Sobre sua banda, o Strokes, Hammond disse que o grupo continua de férias, mas não existe nenhum problema entre seus integrantes e a banda não acabou. “Falei com eles outro dia, definitivamente falamos sobre as coisas [referentes ao próximo álbum]”. Mas o guitarrista não deu nenhuma informação sobre quando o grupo voltará a trabalhar em novas músicas. “Não tenho idéia de quando nós vamos fazer qualquer coisa” .
fonte: terra/lastfm/jovempanfm
 
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